terça-feira, 5 de abril de 2011

Público feminino mais sensibilizado para poupança energética

Há que dar valor a quem merece... Notícia retirada, na íntegra, de http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=48275&op=all

 Conclusões do 1º Estudo Nacional do Perfil Energético do Sector Residencial

2011-04-04
Por Susana Lage (texto e fotos)

O 1º Estudo Nacional do Perfil Energético do Sector Residencial foi apresentado em Lisboa
O 1º Estudo Nacional do Perfil Energético do Sector Residencial foi apresentado em Lisboa
A maioria dos portugueses afirma que já faz tudo o que pode para poupar energia, no entanto, é o público feminino até aos 45 anos que está mais sensibilizado para poupança energética. Estas são algumas das conclusões do 1º Estudo Nacional do Perfil Energético do Sector Residencial.

“A população nacional está consciente para o problema, quer actuar no problema, está disponível para o fazer, conhece até um conjunto de medidas de intervenção que pode pôr em prática, mas depois não é capaz de responder, por exemplo, se tem mais impacto desligar todos os aparelhos eléctrico em stand by ou reduzir todos os dias o banho de 15 para 10 minutos”, afirmou Luís Castanheira, director-delegado da Energaia, na apresentação do estudo. Isto demonstra a necessidade “de informar mais as pessoas sobre as diversas opções que têm ao seu dispor para serem mais eco-eficientes em termos de utilização de energia”, acrescentou.
O estudo é da autoria do projecto Energyprofiler, promovido pela Energaia, em parceria com a Factor Social e a TerraSystemics, com o apoio da ADENE. Para além de aferir as principais motivações, obstáculos, fontes de informação e equipamentos utilizados, entre outras questões, faz também uma análise dos factores e variáveis subjacentes a tipologias de perfis de consumo.

Conservação de energia
Luís Castanheira é director-delegado da Energaia
Luís Castanheira é director-delegado da Energaia
De acordo com Dalila Antunes, directora-geral da Factor Social, a maioria dos consumidores domésticos (87 por cento) poupa energia por “razões económicas”, mas (57 por cento) considera também as “razões ambientais”. Os resultados do questionário revelaram que a generalidade dos portugueses possui um "conhecimento médio-alto” sobre o uso eficiente de energia e uma "atitude muito positiva” face à conservação de energia.

Quando questionados sobre quais os principais comportamentos desempenhados para levar a cabo a poupança de energia, os portugueses demonstraram conhecer de uma forma global as várias formas possíveis de poupar energia. Neste aspecto, 62 por cento indicou que habitualmente “desliga as luzes quando não está ninguém”.
Entre os perfis de utilização de energia identificados, “os menos competentes na conservação de energia, os que executam menos, são os jovens masculinos até 25 anos”. Por essa razão, “é neste grupo que existe maior oportunidade de mudança ou de poupança”. Entre os vários obstáculos assinalados à poupança energética, 50 por cento dos consumidores afirma “já faço tudo o que posso”, explicou Dalila Antunes.

Dalila Antunes, directora-geral da Factor Social, apresentou o estudo
Dalila Antunes, directora-geral da Factor Social, apresentou o estudo
A nível geral, “o público-alvo masculino demonstra estar menos sensibilizado em relação à poupança energética” enquanto “as mulheres até 45 anos de todas as regiões demonstram estar mais sensíveis à mesma questão”, sublinhou. A nível geográfico, “homens e mulheres adultos acima dos 45 anos, da zona Norte e Ilhas são mais competentes na conservação da energia”.

Estratégias de sensibilização

As conclusões do estudo, realizado através de um inquérito telefónico à escala nacional a mais de 1000 agregados familiares, apontam para um parecer positivo em relação aos comportamentos de consumo energético dos portugueses para uma maior eficiência energético. No entanto, existem indicadores que alertam para a necessidade de dar continuidade à elaboração de estratégias de sensibilização. Entre esses factores encontra-se por exemplo a utilização do radiador eléctrico como um dos principais equipamentos utilizados para aquecimento doméstico.

de energia e constatar que “cada vez há maior sensibilidade a esta questão”. Torna-se também mais evidente “a necessidade de começarmos a verificar de que forma os mais jovens encaram a questão ambiental”, afirmou Alexandre Fernandes, director-geral da ADENE. “É com este tipo de estudos que vamos podendo estudar, a cada momento, quer as nossas acções de comunicação, quer na área mais técnica. E, cada vez mais, vamos ter de agregar novas formas de interagir com a energia”.No site do projecto é possível responder ao questionário ‘Qual o seu perfil de consumidor energético?’ e ter acesso a recomendações de boas práticas, adequadas aos perfis energéticos dos visitantes, bem como toda a informação e resultados sobre o estudo.
Alexandre Fernandes é director-geral da ADENE
Alexandre Fernandes é director-geral da ADENE
“Este estudo permite-nos detalhar o consumo”

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