O presidente da EDP Distribuição salienta o contributo do Prémio EDP Energia Elétrica e Ambiente, para que hoje exista em Portugal uma maior consciência das empresas em relação à utilização mais racional de energia e às questões ambientais.
JOÃO TORRES, PRESIDENTE DA EDP-DISTRIBUIÇÃO | O aumento progressivo das candidaturas, nas oito edições do Prémio, é a prova de que a sua importância é reconhecida. |
Notamos que, sendo a energia um factor de crescimento e desenvolvimento em qualquer dos vectores da sociedade, se generalizou a convicção de que a utilização racional da energia eléctrica é encarada, não só como um dever, mas também como traço de modernização, respeito pelos valores ambientais e factor de efectiva redução de custos.
Qual a razão que levou a EDP Distribuição a fazer um desdobramento das categorias do Prémio nesta 8ª edição?Alargámos o leque de empresas e entidades elegíveis, mantendo os mesmos critérios de selecção e o mesmo grau de exigência, na medida em que o tecido empresarial integra unidades com dimensões e actividades muito diversas.
Qual a relevância do Prémio EDP para as empresas vencedoras?
O aumento de candidaturas nas oito edições do Prémio é a prova de que a sua importância é reconhecida. É um incentivo que se repercute no seio das empresas, pelo reconhecimento do trabalho realizado, e que, em termos de mercado, se traduz na valorização das empresas premiadas, decorrente da difusão pública desse reconhecimento.
Nota uma maior preocupação das empresas em optimizar a eficiência da energia eléctrica?
Essa é a nossa percepção. Há uma crescente dinâmica de colaboração entre a nossa empresa e os utilizadores de energia eléctrica que procuram inteirar-se e assimilar as melhores soluções e práticas ao nível da utilização racional de energia, reconhecendo as vantagens da adopção das medidas propostas pela EDP Distribuição. Note que, as soluções premiadas abrangem áreas de intervenção muito diversas, como a iluminação, climatização, energia solar térmica e tratamento de efluentes, entre outras.
Quais os benefícios de uma utilização mais racional da energia eléctrica?
Além dos benefícios inerentes à redução de custos, no curto prazo, não podemos menosprezar os que advêm, para as gerações vindouras, de um comportamento energeticamente eficiente. De um modo geral, independentemente da opção adoptada, os aspectos mais relevantes - como sejam o da formação ambiental das pessoas - não envolvem custos elevados para as empresas e traduzem-se em vantagens incontornáveis a médio e longo prazo. Práticas energeticamente responsáveis acabam por ser factor decisivo na mobilização para a competitividade das empresas vencedoras.
Qual é a situação de Portugal, no que respeita à utilização racional da energia eléctrica e à defesa dos padrões ambientais?Portugal é, actualmente, uma referência ao nível mundial na produção de energia eléctrica limpa, ou seja, não poluente. Assumimos, há muito, o papel de agente da mobilização para a eficiência energética. Nesse sentido, quero salientar a colaboração com as autarquias, com quem temos promovido inúmeras iniciativas, designadamente no que respeita à optimização da utilização da energia em edifícios municipais e ao nível da iluminação pública.
As empresas portuguesas seguem o que de mais inovador se faz no estrangeiro?
Nos últimos anos, há múltiplos indicadores da existência de uma melhor utilização dos equipamentos e tecnologias, da alteração dos hábitos dos utilizadores, e da adopção de regras que permitem potenciar a utilização racional de energia, com recurso às renováveis, em áreas tão determinantes como, por exemplo, a construção civil . Sentimos que se vai consolidando um mercado, que oferece soluções para a eficiência energética, com inúmeras empresas a apostarem na inovação e a competirem em termos globais.
Que medidas tem adoptado a EDP Distribuição para reduzir o impacto ambiental da sua actividade?Desde há três anos que integramos o "Dow Jones Sustainability Worlds Index" e o "European Dow Jones Europe Index", fazendo parte de um grupo que é uma referência mundial no domínio do desenvolvimento sustentável. Sabemos que uma prática de gestão ambiental proactiva é geradora de valor e constitui um dever de uma empresa socialmente responsável e que contribui para a preservação do ambiente, através da utilização eficiente de recursos e da prevenção da poluição. Na política da empresa, os aspectos ambientais são considerados em todos os processos de tomada de decisão, na aquisição de bens e serviços - em que exigimos o cumprimento de requisitos ambientais de candidatura aos nossos fornecedores e prestadores de serviços -, mas também em todas as fases de planeamento, projecto, construção, exploração e desmantelamento de infra-estruturas. A sedimentação destes princípios é feita através da prática, mas também da formação ambiental contínua dos colaboradores. Estamos a implementar o 4º Plano de Promoção de Desempenho Ambiental, que visa o desenvolvimento de medidas voluntárias para melhorar o desempenho ambiental da empresa, e que reúne oito medidas, de âmbito tão diverso como a integração paisagística de instalações, gestão da mobilidade, gestão de faixas (essencial à preservação dos recursos florestais), gestão de campos electromagnéticos, protecção da avifauna e o modelo para avaliação de impactes associados a projectos. Um total de realização da ordem dos 13,5 milhões de euros para o triénio 2009-2011.
Que passos ainda é preciso dar nesta área?
É necessário continuar a contribuir para que a responsabilidade ambiental seja um valor interiorizado por todos, melhorando o desempenho e estimulando um aspecto essencial: a Inovação. Nesta perspectiva, a política ambiental da EDP Distribuição, pode constituir um modelo. Para nós, a promoção da eficiência e das práticas de utilização racional de energia estão diretamente relacionadas com a preservação dos recursos naturais, através do uso sustentável dos mesmos.
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